sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O destino é uma rajada forte (25ª parte)


João estava no corredor e olhava para a direita e para a esquerda, á procura de André. Quando já estava quase a pensar que se tinha enganado no corredor olha para o lado  esquerdo e lá estava o André, que dadas as circunstâncias, até estava com bom aspecto. André vê-o e faz-lhe sinal para entrar.

André: (sorri) Estava a ver que o meu melhor amigo não se ia lembrar de mim!
João: (cumprimenta o Senhor Marques) Bom dia! (a olhar para o André) Não digas asneiras.  Como é que estás?
Senhor Marques: (despedindo-se) Eu vou lá para baixo. Juízo rapazes.
André: Mas vais embora?
Senhor Marques: sou capaz de ir trabalhar de tarde. Mas a tua mãe vai ficar cá o dia todo.

O senhor Marques sai da sala e João fica a olhar para André 

João: (apontando para o braço engessado) bonito serviço que tu foste arranjar. Eu sempre soube que tinhas comprado o instructor para teres passado na condução.
André: (ri-se) está masé caladinho. Que a culpa nem foi minha.

André derrepente sente uma picada forte na cabeça. Ao falar do acidente lembra-se de Leonor. Lembra-se que estava com ela quando tudo aconteceu. Como se pode esquecer? Como não se lembrou de Leonor? André nem queria acreditar.

André: (desesperado e com as mãos na cabeça) A Leonor? Como está a Leonor? Como me pude esquecer.
João: Calma meu. É normal que não te tenhas lembrado, tiveste um acidente e acordas-te á pouco. Tens estado todo drogado com os comprimidos para as dores.
André: (com a preocupação a instalar-se no olhar)Como é que ninguém me disse nada? Mas ela está bem? F*d*c* João diz-me!

João mal conseguia falar. Queria contar-lhe mas as palavras nem lhe saíam. E ver André alterado daquela maneira não ajudava nada.

João: André vou ser sincero e directo contigo, como sempre fui.
André: Não quero outra coisa da tua parte.
João: A Leonor não está nada bem. Está nos cuidados intensivos.

João pára de falar quando vê os olhos de André a encherem-se de água. 

André: (deixa a primeira lágrima cair) Continua.
João: (engole em seco, tenta arranjar forças) sofreu um traumatismo craniano.  Perdeu algum sangue. Mas mano os médicos têm sido fantásticos. Estão a fazer os possíveis e os impossíveis para…
André: (a gritar) A culpa é minha! Eu é que devia estar no lugar dela! Eu quero vê-la.

André tenta sair da cama, mas João impede-o.

João: Não sejas parvo. Não estas em condições de ir a lado nenhum. Trata de ti, para depois poderes tratar dela.
André: (a chorar) eu não a posso perder, não posso mesmo. Nunca me iria perdoar. 

João sabia bem o que André estava a sentir. Também ele estava em risco de perder Lara. E não havia palavras para explicar o sentimento de perder alguém. É terrível andar a balançar na linha do “vai, ou fica”. “Vive ou morre”, “insite ou desiste”. João sabia que já era suficientemente mau tudo o que estava a passar com Lara mas imaginá-la em risco de vida, era quase impensável. Só a simples ideia de isso ser possível destruía-o. Então afastou todos aqueles pensamentos e apenas abraçou o seu melhor amigo.

16 comentários:

  1. Estas partes da história estão pejadas de sentimentos +.+

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  2. Nossa!
    Amor, está muito boa tua história.

    Não sei se percebeste mas também comecei uma história e espero que gostes se acaso quiser lê-la.

    Ah, tomara que tudo fique bem com a Leonor :)

    Beijos, amor *

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  3. Oh querida **
    Que bom que gostas-te ♥

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  4. Que linda história estás a escrever querida *.*

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  5. Cada vez mais estou a adorar a história, até me vieram as lágrimas , adoro , adoro querida :D

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  6. sim querida , a maneira como escreves, é tão simples e genuina, que quando leio cada episódio, parece que sou eu uma das personagens, parece que estou dentro da historia :D
    estou a gostar muito :D

    Ainda bem que gostas-te apesar de nao estar nada de especial!
    Beijinhos grandes <3

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  7. O teu blog é dos mais bonitos que já encontrei!
    Gosto mesmo desta historia *

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  8. Espero bem que ela morra !

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  9. Ela morreu! Mas já agora porque querias?

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