quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O destino é uma rajada forte (45ª parte)


André acorda, agarra-se á almofada que ainda estava molhada de lágrimas, que sufocadamente lhe saíram durante toda a noite dos olhos. Aquela noite foi a primeira desde que Leonor morreu, e foi a ultima noite antes do seu funeral. André sentia-se pesado, sentia-os olhos pesados, tudo em si lhe pesava, é como se tivesse um fardo em cima, um fardo bastante doloroso de carregar. Ciente de que teria que se levantar para se preparar para ir ao funeral, leva as mãos aos olhos para os esfregar. A mão desta vez estava mais pesada que o habitual, a aliança na mão direita continuava lá, André fecha os olhos e sem querer derrama mais uma lágrima. Estava sem forças, mas não podia deixar de ir ao funeral de Leonor. Ganha coragem e levanta-se tenta não olhar para o enorme espelho que tem na parede, a ultima coisa que queria ver era a sua triste figura. Abre o guarda vestidos e o único fato preto que lá encontra é o que levou ao baile de finalistas com a Leonor. 


André: (em desabafo) Estás em tudo o que eu toco, estás em tudo o que eu vejo, estás tão em mim, mas porque raio não estás aqui?!


Esquece o fato e pega numa toalha. Dirigi-se até á casa de banho onde toma um duche, pensou que se fosse sentir mais leve, mas o peso continuava lá. De seguida volta para o quarto onde veste o fato, olha-se ao espelho, sentiu-se miserável. Olha para a mão onde acaricia o anel... Vai a uma caixinha onde encontra um pendente em prata, tira o anel e coloca-o no pendente, que põe ao pescoço.


André:(enquanto acaricia o anel) Aqui estás mais perto do coração meu amor!

P.s estou a dar continuidade à história no outro blogue, vou deixar de postar aqui, beijinhos.

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